sexta-feira, janeiro 25, 2008

Spin spin...

Lá fora procurando em silêncio a corrente amena de força quebrada, viro-me no toque suave da brisa, recuo virando-me em mim, para virar de volta a consciência quente de mim ainda adormecida em correntes confusas...
O silêncio quebrado espontaneamente pelo ritmo constante incomoda-me, puxo-me atrás, só recuando agora, não girando e volto-me à frente, finjo ignorar e passo pelo lado entrando cá fora, continuando dentro, sempre dentro...
Imagino-me a voltar quando de facto já estou de volta, penso em ficar e ainda volto, voltando-me outra vez, mas sigo, não se para em movimento... parando a vontade sigo portanto, mas ficando, fica sempre algo onde paramos, não eu, só eu e continuo a imaginar...
Agora já chegando, talvez sem nunca ter saido, chego voltando, procuro e volto a girar, sento-me, levanto-me o movimento é constante, espontâneo, mas constante. Não fico, também não volto, sigo, vou, chego e não paro, giro outra vez e recuo, primeiro atrás e depois voltando, contorno, adio, volto para, paro. Paro demasiado, agora fico mas volto, corro agora... pela primeira vez e deixo ficar em mim o lá de agora, para depois o recuperar só, sendo...
Giro sobre mim e volto para a consciência do que não sai, recupero a força e prossigo mais uma vez sem sair. É tarde que se faz tarde e eu? Volto ou fico? Nada... apenas a roda...

quarta-feira, agosto 01, 2007

...

A viagem de volta custa sempre mais do que a de ida....
Parto, finalmente em paz....

domingo, março 18, 2007

Pausa

Por motivos vários, que vão desde a falta de tempo, motivação, paciência e principalmente falta de vontade, vou fazer uma pausa oficial aqui no blog. Esta pausa pode durar uma semana, ou alguns meses, tudo depende de inumeros factores.
Aos 4 visitantes regulares o meu obrigado, por mais de um ano de partilhas.
Obrigado

Ricardo Susano

sábado, fevereiro 03, 2007

SIM

Uma das minhas paixões é a minha cada vez maior colecção de concertos de Pearl Jam, por coincidência alguns dos concertos que ouvi nesta última semana são de 1994 altura em que nos Estados Unidos a discussão sobre o aborto estava extremamente exaltada muito por causa de uma série de atentados a clinicas e da morte de um médico David Gunn por um fanático anti-aborto, felizmente por cá ainda ninguem foi tão longe, mas vendo opiniões de alguns partidários do não, a forma como as defendem e no que supostamente acreditam, fico preocupado.
A minha opinião é clara desde 1998, na altura ainda não tinha idade para votar, mas as convicções ficaram e acabaram por se tornar ainda mais claras, os argumentos a favor da despenalização voluntária da gravidez são mais do que conhecidos e para mim é tudo tão óbvio que não os vou repetir aqui. Sei que o que é claro para mim não será para todos, o debate de ideias é importantissimo, mas a forma como vem sendo feito pelos defensores do não começa a ser repugnante.
Dia 11 de Fevereiro eu voto SIM.

sábado, janeiro 27, 2007

He made it to Lisbon...




Pois é eles estão de volta... isto e muito mais dia 8 de junho... aguardem.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Given...

Casa povoada num silêncio ameno, estremecida num abalo de incerteza, volto pisando devagarinho as tábuas para não acordar os fantasmas confusos, absorvo o ar denso com vontade devoltar para trás... atrás... em tudo... mas tento com força a coragem sempre esquecida e prossigo a medo, olhando em volta, circulando, voltando e retrocedendo, avançando e recuando, girando sobre mim, em mim, rodando em voo espiral até acordar algures bebendo sozinho.
Corredor extenso, povoado apenas de um branco pálido, gélido, demasiado longo para ser percorrido sozinho, dou por mim já a meio, sem espaço para me voltar, para voltar, com medo de rodar a cabeça, o corpo segue sem rumo, claro, a vontade essa não o acompanha, a vontade onde ficou? Não sei... não sei...
Outra vez o corredor agora já no fim, abertura em forma de guilhotina, vácuo que me empurra, vou, sem opção, empurrado pela força do destino, entro estremecido. O tempo que fiquei é meu, não o dou, guardo-o com a ternura do olhar vazio, maternalmente afectuoso, reconforta-me e dá-me vontade para voltar a enfrentar o corredor ainda mais frio, reconforta-me a imaturidade em corpo já adulto, volto-me à porta e despeço-me com um aceno, depois um abraço sentidamente fingido e o olhar humedecido.
Na volta da alteração vejo a evolução, recuso a inversão, mas agora está lá, inevitável, talvez tarde demais, para mim ainda demasiado cedo, queria poder recusá-la, não posso...
Acordo e estranho-me miúdo em corpo de homem, sem vontade de o ser, adio em mais umas horas a existência esfíngica do meu não, percorro-me em medo...
Sem mim, cheguei finalmente...

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Desabafo do dia.

Odeio Hip-hop. Foda-se.